O Itamaraty também se pronunciou sobre a situação, condenando a tentativa de golpe como uma clara ameaça ao Estado democrático de direito. O presidente se reuniu com autoridades do governo brasileiro, como o chanceler Mauro Vieira e Celso Amorim, para discutir a situação na Bolívia e reiterar o apoio à democracia no país.
Lula é conhecido por sua proximidade com o presidente boliviano Luis Arce e o ex-presidente Evo Morales, e defende a manutenção da estabilidade democrática na região. Ele ressaltou a importância de fortalecer a democracia na Bolívia para garantir sua integração no Mercosul.
A tentativa de golpe na Bolívia foi protagonizada por generais bolivianos, que ocuparam o Palácio Quemado, sede do governo, em um vídeo que circulou pelas redes sociais. A ação foi acompanhada por confrontos entre policiais militares e manifestantes, com o uso de bombas de efeito moral para dispersar a multidão.
Após a tentativa de golpe, o presidente Arce nomeou três novos chefes para as Forças Armadas da Bolívia, numa tentativa de conter a instabilidade política no país. Os militares que invadiram o Palácio Quemado se retiraram das imediações da sede do governo em La Paz, trazendo um momento de calma após a tensão vivida durante o episódio.