Tentativa de golpe na Bolívia marca início da Assembleia Geral da OEA em Assunção e gera divergências com a Argentina.

Nesta quarta-feira (26), a Organização dos Estados Americanos (OEA) deu início a sua assembleia geral em Assunção, Paraguai. O evento foi marcado pela tensão causada pelo recente golpe de estado na Bolívia e por divergências com a Argentina, especialmente com o posicionamento do político Javier Milei em relação aos direitos humanos e à igualdade de gênero.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, fez questão de reforçar a posição da organização em relação à ordem constitucional, afirmando que não será tolerada qualquer forma de violação dessa ordem, especialmente na Bolívia. Ele condenou veementemente a ação do Exército boliviano em La Paz durante a crise política no país.

O presidente anfitrião da assembleia, Santiago Peña, também se manifestou contra qualquer tentativa de subversão da democracia, declarando seu apoio ao governo legítimo de Luis Arce na Bolívia. Ele reiterou o compromisso do Paraguai e dos demais membros da OEA em defender a estabilidade democrática na região.

Além disso, durante o encontro, foram discutidos diversos temas relevantes para a América Latina, como a segurança regional, a cooperação econômica e a integração política. A OEA reafirmou seu compromisso em promover o respeito aos direitos humanos e a igualdade de gênero em todos os países membros.

A assembleia geral da OEA é um importante fórum de discussão e cooperação entre os países do continente americano, e eventos como o ocorrido na Bolívia servem como um lembrete da importância de preservar os valores democráticos e constitucionais em toda a região. O debate e as deliberações realizadas durante o encontro certamente terão impacto nas futuras ações da organização em relação aos desafios políticos e sociais na América Latina.

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