Repórter São Paulo – SP – Brasil

Tentativa de golpe militar na Bolívia aprofunda divisões entre Luis Arce e Evo Morales às vésperas das eleições de 2025.

Na última quarta-feira (26), a Bolívia foi palco de uma cena dramática, com tanques militares posicionados nas proximidades do palácio do governo. O presidente do país, Luis Arce, não perdeu tempo e ligou para seu antigo aliado, Evo Morales, para alertá-lo sobre um possível golpe em andamento. No entanto, a trégua entre os dois líderes de esquerda foi rapidamente quebrada.

Analistas apontam que a tentativa de golpe militar fracassada acabou aprofundando ainda mais a divisão no país às vésperas das eleições de 2025, mergulhando a nação em uma profunda confusão política. Enquanto Morales inicialmente comemorou o fracasso do levante, em seguida ele acusou Arce de ter realizado um “autogolpe”, em uma ironia que não passou despercebida.

É interessante notar que a esquerda boliviana e latino-americana tem sido historicamente contrária aos golpes militares, que marcaram a região ao longo do século XX. Portanto, ver dois líderes de esquerda em confronto por questões de poder e estratégia política certamente chama a atenção e gera preocupações sobre a estabilidade institucional do país.

A situação é delicada e incerta, com os ânimos acirrados e as forças políticas polarizadas. A Bolívia, que já enfrentou momentos de turbulência política no passado, parece estar novamente à beira de uma crise que pode ter desdobramentos imprevisíveis. Resta agora aguardar os próximos capítulos dessa trama política e torcer para que o país encontre uma saída democrática e pacífica para seus conflitos internos.

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