A Guiana questionou a participação da Venezuela na votação, afirmando que sua fronteira terrestre não está em discussão. Enquanto isso, analistas políticos em Caracas especulam que o presidente Nicolás Maduro está usando a situação para avaliar o apoio ao seu governo antes das eleições presidenciais de 2024.
O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, que também atua como presidente pro tempore da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), deve sediar uma reunião para discutir a crescente tensão entre os dois países.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, expressou a esperança de que a reunião resulte em um “relaxamento das tensões e diminuição da agressividade do discurso da Guiana”. No entanto, autoridades da Guiana afirmaram que defenderão sua soberania e fronteiras contra qualquer avanço da Venezuela.
A situação se intensificou depois que Maduro anunciou que autorizaria a exploração de petróleo em uma área conhecida como Essequibo, o que irritou autoridades da Guiana. Essa região é responsável por toda a produção de petróleo do país e é de grande importância econômica para a Guiana, que está vendo sua economia crescer devido à produção de petróleo.
No entanto, a Venezuela reivindica a região como sua, e as recentes ameaças de Maduro estão levando a uma escalada da tensão entre os dois países. Enquanto isso, investidores, incluindo a Exxon Mobil e a futura parceira Chevron, estão preocupados com a segurança de seus investimentos na região.
Diante desse impasse, a reunião liderada pelo presidente pro tempore da Celac é vista como uma tentativa de encontrar uma solução diplomática para a crise antes que as coisas saiam do controle. A comunidade internacional está de olho nessa tensão crescente entre a Venezuela e a Guiana, com a esperança de que uma solução pacífica seja alcançada para evitar um conflito potencialmente devastador na região.