Tensões entre Polônia e Ucrânia aumentam devido à proibição de importação de cereais ucranianos pela Polônia

No mês de março deste ano, a Polônia se tornou o primeiro membro da Otan a oferecer suporte militar à Ucrânia, prometendo fornecer caças para Kiev. Essa promessa foi cumprida, e as entregas começaram já no início de abril. Além disso, a Polônia abrigou cerca de um milhão de refugiados ucranianos.

Recentemente, as tensões entre os dois países aumentaram devido à proibição da Polônia às importações de cereais ucranianos. Essa medida foi adotada pela Polônia para proteger os interesses de seus próprios agricultores.

A invasão russa na Ucrânia afetou as rotas marítimas do Mar Negro, que eram utilizadas para exportar cereais antes do conflito. A Rússia concordou em permitir as exportações marítimas de grãos ucranianos por um acordo que expirou em julho.

Com o fim desse acordo, a União Europeia (UE) se tornou vital como rota de trânsito e destino de exportação para os cereais ucranianos. Em maio, a UE restringiu as importações desses cereais para a Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia, a fim de proteger os agricultores desses países, que reclamavam de queda nos preços locais devido às importações. As safras continuaram sendo transportadas pelos cinco países, mas não eram vendidas nesses mercados.

No entanto, na semana passada, a Comissão Europeia decidiu encerrar a proibição de importação, alegando que as distorções de mercado nos cinco Estados-membros fronteiriços com a Ucrânia haviam desaparecido. A Polônia, Hungria e Eslováquia reagiram imediatamente, dizendo que não acatariam essa decisão. Em resposta, a Ucrânia pretende apresentar uma reclamação à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Essa disputa comercial entre a Polônia e a Ucrânia reflete as tensões existentes entre os dois países. Além disso, a decisão da Comissão Europeia de permitir novamente as importações de cereais ucranianos revela uma mudança na situação do mercado na região. Resta saber como essa questão será resolvida e quais serão as consequências para os produtores de cereais e para as relações entre a Polônia e a Ucrânia.

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