Tenente-coronel Mauro Cid critica condução de sua delação premiada expondo a Polícia Federal e ministro Alexandre de Moraes

O áudio vazado do tenente-coronel Mauro Cid, em que ele critica a condução de sua delação premiada, trouxe à tona questões delicadas envolvendo a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações de Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, acusam a PF de tentar criar narrativas e sugerem que Moraes já teria a sentença pronta antes mesmo do encerramento das investigações.

Os áudios apresentados pela revista Veja revelaram o descontentamento de Cid com a abordagem da PF em sua delação premiada, chegando a afirmar que os agentes não estariam interessados na verdade, buscando apenas confirmar uma narrativa pré-estabelecida. Entretanto, em depoimento posterior, Cid recuou das críticas feitas no áudio, alegando que se tratava de um momento de desabafo e que não fora coagido pela PF.

A repercussão das acusações de Cid levantou debates sobre o modus operandi da PF e sobre as semelhanças com situações ocorridas na Operação Lava Jato, liderada por procuradores e pelo ex-juiz Sergio Moro. Essas comparações geraram controvérsias, com defensores do trabalho de Moraes rebatendo as críticas e destacando a importância das investigações em curso.

Além disso, as revelações de Cid trouxeram à tona suspeitas de uma eventual armação por parte de bolsonaristas para desqualificar as investigações em andamento. Paralelamente, casos do passado, como a pressão sofrida por delatores na Lava Jato para incriminar determinadas figuras políticas, foram relembrados, trazendo à tona questionamentos sobre a imparcialidade das investigações.

Diante desses fatos, a atuação de Moraes no julgamento de casos relacionados ao governo Bolsonaro tem sido colocada em xeque, com críticas às prisões preventivas prolongadas, inquéritos indeterminados e concentração das investigações em torno do ex-presidente. Afinal, a verdade por trás das acusações de Cid e a isenção das autoridades envolvidas nessas investigações ainda são temas de intenso debate na esfera política e judicial.

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