Essa situação se agrava em algumas regiões do país, como no Maranhão, onde o tempo de espera chega a alarmantes 595 dias, aproximadamente 19 meses. O Pará também enfrenta uma realidade preocupante, com um tempo de espera de 594 dias. Por outro lado, o Ceará se destaca com um tempo de espera de apenas 63 dias, mostrando uma agilidade maior no processo de transplantes de córneas.
O Conselho de Oftalmologia apontou casos extremos de espera, como um paciente que aguardou incríveis 190 meses, o equivalente a 16 anos, por um transplante de córnea. Situações semelhantes foram registradas no Rio de Janeiro, Ceará e Pará, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade de melhorias na gestão dos transplantes.
Segundo Wilma Lelis, presidente do CBO, o aumento no tempo de espera para transplantes de córneas se deve, em parte, à paralisação das cirurgias eletivas durante a pandemia, além da escassez de doadores para atender a uma demanda cada vez maior. Diante desse cenário desafiador, é fundamental que medidas sejam tomadas para garantir acesso mais rápido e eficiente aos transplantes oftalmológicos em todo o país.