Repórter São Paulo – SP – Brasil

Técnico de raio-x é preso por se passar por líder espiritual para abusar de pacientes em São Paulo

Na segunda-feira, 15, a Polícia Civil deu início à operação “João de Deus Socorrense” e prendeu um homem de 49 anos que se passava por líder espiritual para abusar de pacientes em Socorro, no estado de São Paulo. Segundo informações divulgadas pela polícia, o criminoso trabalhava como técnico de raio-x no hospital municipal e teria cometido abusos dentro da unidade, inclusive contra uma adolescente.

De acordo com as investigações, o agressor utilizava o espaço espiritual para conquistar a confiança das pessoas, principalmente mulheres, indicando-as para tratamentos de terapias, regressão, quiropraxia, hipnose e massagens em sua própria casa. Além disso, ele teria utilizado a ajuda de uma mãe de santo do terreiro, que indicava os serviços prestados por ele.

Aproveitando-se da fragilidade emocional das vítimas, o agressor as convencia de que tinha poderes superiores capazes de curar dores físicas e emocionais. Segundo relatos das vítimas à polícia, o criminoso fornecia um copo d’água antes das terapias, alegando que esse era um condutor elétrico essencial para o processo. Além disso, as vítimas afirmaram que, durante as terapias, se sentiam sonolentas e sem força física, o que as impedia de reagir aos abusos.

Analisando a casa do abusador, a polícia encontrou um celular, aparelhos de mídias, remédios, brinquedos sexuais, seringas, munições e duas armas de fogo, uma das quais ilegal. O caso foi registrado como captura de procurado e cumprimento de mandado de busca e apreensão na Delegacia Policial de Serra Negra.

O caso chocou a população de Socorro e levantou debates sobre a necessidade de mais rigor na fiscalização e controle de espaços espirituais e terapias alternativas. A polícia reforça a importância de que as pessoas verifiquem a idoneidade e formação profissional dos terapeutas e líderes espirituais aos quais se submetem, além de estarem atentas a qualquer sinal de conduta inadequada.

Por se tratar de um caso em andamento, a Polícia Civil de São Paulo mantém o sigilo sobre o nome do agressor e demais detalhes da operação. No entanto, a expectativa é de que, com a prisão do criminoso, novas vítimas possam sentir-se seguras para denunciá-lo e buscar justiça.

Sair da versão mobile