TCU abre investigação sobre presentes de Lula e joias incorporadas por Bolsonaro ao término de seus mandatos.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Nardes, decidiu a favor do pedido da Comissão Técnica que solicitava uma investigação sobre os presentes recebidos pelo presidente da República, que estão em posse da Presidência da República. A comissão teve a recomendação de arquivamento do assunto pela área técnica do TCU e Nardes foi contra essa recomendação. Em sua decisão, ele destacou que é de praxe que o Tribunal avalie os presentes recebidos pelo presidente em finais de mandato, mas que isso não impede a realização imediata de solicitações do Congresso.

Além disso, Nardes ressaltou que o pedido apresentado pela Comissão tem um lapso temporal bem definido para “apurar a legalidade no recebimento, registro e destinação dos objetos tratados como presentes e brindes pela Presidência, no ano de 2023”. Ele justificou que aguardar até o fim do mandato do presidente para realizar a vistoria seria contrariar o pleito da Comissão e que, em 2027, quando seria a praxe para a inspeção, os deputados que hoje compõem a Comissão, poderão não se reeleger.

O objetivo da fiscalização é averiguar se o presidente incorporou ao seu acervo pessoal presentes que pertencem à União e são impessoais. A decisão ainda pode ser contestada pelo Governo Lula, que foi procurado pelo portal UOL, mas não obteve retorno.

Além disso, o TCU também está apurando supostas irregularidades cometidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria incorporado ao seu acervo pessoal joias milionárias dadas à União ao fim de seu mandato. A defesa do ex-presidente nega qualquer ato ilícito.

A decisão de Nardes e as investigações em andamento colocam em foco a ética e transparência dos presidentes em relação aos presentes recebidos durante seus mandatos. A população aguarda a conclusão das investigações para que sejam esclarecidos possíveis desvios de conduta e a correta destinação desses presentes. O poder executivo deve prestar contas à sociedade e garantir a integridade nos atos durante o exercício do cargo.

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