Os carros autônomos do Apollo Go têm autonomia de “nível quatro”, o que significa que não requerem intervenção humana na maioria das situações nas estradas. No entanto, ainda podem apresentar dificuldades em áreas como estacionamentos, o que pode explicar o fato de que os passageiros precisam caminhar até locais de embarque e desembarque designados.
O que tem atraído os passageiros para o Apollo Go é o preço surpreendentemente baixo. Um passeio de 11 minutos custou apenas 9,84 yuan (R$ 7,61) para um correspondente da Economist. A Baidu, generosamente, cobre cerca de 60% do custo de cada viagem, tornando as tarifas bastante acessíveis. No entanto, essa política não é sustentável a longo prazo, e a empresa espera atingir o ponto de equilíbrio até o final do ano e ter lucro em 2025.
Apesar do sucesso do Apollo Go, a chegada dos táxis autônomos está preocupando os taxistas de Wuhan. Muitos deles temem perder seus empregos para a tecnologia emergente. A China possui aproximadamente 10 milhões de taxistas, sendo que 7 milhões deles trabalham para empresas de transporte por aplicativo. O impacto dos carros autônomos no emprego destes profissionais é uma preocupação que não pode ser ignorada.
Enquanto a Baidu expande seu serviço de táxis autônomos na China, empresas estrangeiras como a General Motors e a Tesla enfrentam desafios em seus esforços para desenvolver veículos autônomos. A GM suspendeu as operações de sua empresa de táxis autônomos, a Cruise, após um acidente envolvendo um de seus carros em São Francisco. Já a Tesla adiou a revelação de seu táxi-robô e está considerando testar o serviço na China.
Com a competição acirrada no mercado de veículos autônomos, a Baidu se destaca como uma das líderes no setor. Enquanto isso, os taxistas chineses enfrentam incertezas em relação ao futuro de seus empregos, em meio à evolução tecnológica e às mudanças no mercado de transporte de passageiros.
