Taxa de pobreza na Argentina sobe para 52,9% sob governo de Javier Milei, aumentando preocupações sobre austeridade e desemprego.

A Argentina enfrenta um cenário preocupante com o aumento da taxa de pobreza para 52,9% sob o governo de Javier Milei. As medidas de austeridade e os cortes de gastos no setor público implementados pelo governo contribuíram para essa situação alarmante, que representa a pior performance do país em duas décadas.

Segundo dados da agência nacional de estatísticas, o aumento de 11,2 pontos percentuais em relação ao governo anterior de Alberto Fernández resultou em 3,4 milhões de argentinos vivendo abaixo da linha da pobreza neste ano. O programa de austeridade liderado por Milei tem como objetivo combater a inflação anual que atingiu quase 300% em abril, mas acabou impactando o poder de compra dos trabalhadores e aposentados.

Economistas apontam que a alta inflação está relacionada ao dinheiro impresso para financiar os gastos dos governos anteriores, mas também atribuem parte da responsabilidade aos cortes de custos e desvalorização do peso sob o governo de Milei. O país enfrenta uma profunda recessão, com queda na atividade industrial e na construção civil, agravadas pela inflação e austeridade.

A oposição critica a abordagem do governo de Milei, afirmando que os cortes de custos estão acentuando a crise econômica e prejudicando famílias trabalhadoras e idosos. Enquanto isso, a popularidade do presidente argentino está em declínio, com pesquisas indicando uma queda significativa no índice de confiança no governo e na aprovação de Milei.

Além disso, os cortes de empregos desde o início do atual governo, estimados em 136 mil, têm impactado negativamente o mercado de trabalho, com especialistas alertando que as perdas podem ser ainda maiores no setor informal. Embora dados oficiais mostrem um crescimento da atividade econômica em julho, analistas alertam que o governo precisa garantir que essa melhoria se traduza em benefícios palpáveis para a população.

Em meio a um cenário de recessão e insatisfação crescente, o governo de Javier Milei enfrenta desafios significativos para reverter a situação e reconquistar a confiança da população. A incerteza econômica e os impactos sociais das políticas implementadas aumentam a pressão sobre as autoridades argentinas para encontrar soluções eficazes que levem o país a um caminho de recuperação.

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