Suprema Corte dos EUA reverte decisão histórica sobre aborto, impactando Estados como a Flórida e gerando debate na eleição de 2024.

A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de reverter o caso Roe v. Wade em 2022 teve um impacto significativo na legislação sobre o aborto em todo o país, abrindo caminho para os estados estabelecerem suas próprias leis sobre o assunto. Esta mudança, fortemente impulsionada pela composição conservadora da Suprema Corte, foi amplamente apoiada pelo ex-presidente Donald Trump, que prometeu durante sua campanha em 2016 indicar juízes que pudessem reverter o caso.

Em reação à decisão da Suprema Corte, o atual presidente Joe Biden expressou sua clara discordância, atribuindo a responsabilidade ao ex-presidente Trump. Biden enfatizou a importância do direito constitucional ao aborto e a proteção dos direitos das mulheres, destacando que a questão não deveria ser deixada ao critério dos estados individualmente.

O tema do aborto já se tornou uma das principais questões das eleições de 2024, com os democratas esperando capitalizar as restrições impostas por estados como a Flórida e o Arizona para garantir o apoio popular. Pesquisas indicam que a maioria esmagadora dos eleitores norte-americanos rejeita restrições severas ao aborto, o que tem levado as mulheres a buscar o procedimento em outros estados devido à falta de acesso em suas regiões.

A postura de Trump em relação à questão tem sido alvo de críticas e confusão, já que o republicano se distanciou da decisão do Arizona de manter uma proibição histórica de 160 anos ao aborto, ao mesmo tempo em que se orgulha de ter indicado juízes à Suprema Corte que possibilitaram a reversão de Roe v. Wade. Esta divergência de postura tem levantado questões sobre a consistência de suas políticas e o impacto no cenário político atual.

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