Suprema Corte dos EUA deve analisar recurso de Donald Trump e sua elegibilidade nas primárias e tomar decisão rapidamente.

A Suprema Corte dos Estados Unidos está diante de uma decisão crucial para o futuro político do ex-presidente Donald Trump. O jurista e professor de direito constitucional em Yale, Bruce Ackerman, argumenta que a leitura da Seção 3 da 14ª Emenda da Constituição americana desqualifica Trump para concorrer novamente à presidência, já que a mesma proíbe envolvidos em insurreição de ocupar cargos públicos.

Esta decisão, ainda sem data prevista, tem gerado grande expectativa e atrai a atenção de diversos especialistas e juristas internacionalmente. Ackerman defende que o papel de Trump na invasão do Capitólio constitui uma rebelião, e que isso é suficiente para barrá-lo das primárias.

Apesar dos argumentos apresentados pela defesa de Trump, que alega que retirá-lo das primárias seria antidemocrático e causaria “caos e confusão”, muitas ações foram apresentadas em diversos estados norte-americanos pedindo a retirada do republicano das cédulas das primárias do partido.

Contudo, os juízes da Suprema Corte também enfrentam problemas para aplicar a 14ª Emenda a Trump, já que o texto é considerado vago e não elenca explicitamente o cargo de presidente. A decisão final sobre o envolvimento de Trump na insurreição cabe à Justiça.

Além disso, especula-se que a maior parte das pessoas irá apoiar a desqualificação de Trump das primárias, já que pesquisas mostram que a maioria lamenta a ideia de uma eleição entre Trump e Biden.

Diante de todas essas questões e uma situação politicamente tectônica, a expectativa é de um desfecho rápido por parte da Suprema Corte, especialmente considerando que as primárias estão em andamento. Espera-se uma decisão que poderá impactar não apenas o futuro político de Trump, mas também a visão da população em geral sobre a Suprema Corte, que nunca esteve em patamar tão negativo.

Com a maioria conservadora da Corte e 3 dos 9 juízes tendo sido apontados por Trump, a possibilidade de a decisão ser influenciada por fatores políticos é levantada, mas Ackerman defende que é justamente o impacto político da decisão o que deve levar os magistrados a barrarem o empresário, conforme o professor declarou em sua opinião referente a esse julgamento crucial.

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