Repórter São Paulo – SP – Brasil

Suposto esquema de contratação de cabos eleitorais é alvo de investigação no Rio de Janeiro, causando polêmica na política estadual.

O atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, está envolvido em um escândalo político que vem gerando polêmica e controvérsias. De acordo com as procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini, um suposto esquema de contratação indevida de cabos eleitorais teria sido utilizado para promover candidaturas e cooptar votos a fim de garantir vitórias nas urnas em benefício de interesses pessoais escusos.

No entanto, a defesa de Castro argumenta que a sua vitória “acachapante” sobre o candidato de esquerda, Freixo, nas eleições de 2022 com mais de 2 milhões de votos de vantagem, é prova de que o suposto esquema não existiu. Os advogados do governador também ressaltam que os projetos da Ceperj foram suspensos logo após a primeira decisão judicial, o que teria evitado impactos nas contas públicas.

Além disso, a presença de nomes da oposição entre os contratados é apontada como uma evidência de que o suposto esquema pode não ter existido, como é o caso dos familiares de Ricardo Lodi, ex-reitor da Uerj, que conseguiu uma vaga de suplente de deputado federal pelo PT nas eleições de 2022.

Uma investigação do Ministério Público do RJ descobriu saques de dinheiro vivo na “boca do caixa” durante o período em que o suposto esquema estava em operação, totalizando R$ 248 milhões retirados em agências bancárias por dezenas de milhares de pessoas ligadas ao esquema.

Apesar das acusações, Castro afirmou que mantém a sua confiança na Justiça Eleitoral e que as suspeitas de irregularidades ocorreram antes do início do processo eleitoral, ordenando a suspensão de pagamentos e contratações assim que tomou conhecimento das denúncias. A defesa do governador alega que não foram apresentados nos autos do processo elementos que sustentem as denúncias. Governador desde 2020, Castro tem uma trajetória na vida pública que começou como vereador e vice-governador, assumindo o cargo após o afastamento de Wilson Witzel em meio a denúncias de corrupção.

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