Apesar do resultado expressivo, os legisladores do MK optaram por boicotar a primeira sessão da Assembleia Nacional na sexta-feira seguinte às eleições. Isso ocorreu após uma alegação de fraude eleitoral ter sido apresentada ao tribunal do país, mas que foi rejeitada por falta de mérito.
O porta-voz Nhlamulo Ndhlela informou aos jornalistas que o partido MK se unirá à aliança denominada “Caucus Progressista”, que conta com a participação dos Combatentes da Liberdade Econômica (EFF), um partido de ideologia marxista, e do Movimento Democrático Unido, de centro-esquerda. Juntos, esses partidos detêm cerca de 30% dos assentos na Assembleia Nacional, conforme destacou Ndhlela ao lado de Zuma e líderes de outras legendas menores.
Ndhlela ressaltou a importância dessa parceria, argumentando que as eleições de 2024 consolidaram forças de direita e reacionárias que se opõem a pautas como a liberdade econômica, a transformação econômica radical, a igualdade racial e a reforma agrária. O representante do MK afirmou que o partido decidiu ocupar seus assentos no parlamento após receber aconselhamento jurídico e que irá continuar defendendo as denúncias de fraude eleitoral nos tribunais.
Com essa movimentação política e o fortalecimento da aliança formada, é esperado que o cenário político sul-africano se torne ainda mais dinâmico, com novas discussões e posicionamentos sendo debatidos no parlamento e na sociedade. A atuação do MK e dos demais partidos membros da aliança progressista promete impactar diretamente nas políticas e decisões governamentais nos próximos anos.