Streaming em transformação: Fusão de plataformas e nova estratégia de mercado apontam para mudanças profundas

Há quatro anos, o mercado de streaming era um verdadeiro paraíso para os consumidores, com uma ampla variedade de plataformas disponíveis e preços acessíveis. A euforia era tanta que novas plataformas surgiam quase mensalmente, respaldadas por grandes conglomerados de mídia e tecnologia, tais como Apple TV+, Disney+, HBO Max, Discovery+ e Star+. No entanto, a situação atual é bem diferente.

Esses “players” poderosos perceberam que não há espaço para todos no mercado, visto que os consumidores não têm dinheiro para assinar tantas plataformas simultaneamente. Com isso, uma série de mudanças começaram a acontecer. A Lionsgate+, que estava presente no mercado brasileiro, fechou as portas e seus programas migrarão para a plataforma MGM, que pertence à Amazon. Além disso, o Disney+ assumiu o controle do Star+, trazendo conteúdo para adultos.

Outra mudança significativa é a fusão da HBO Max com o Discovery+, que formará uma única plataforma chamada Max no Brasil. Essa fusão, que já ocorreu nos Estados Unidos, tem data marcada para 27 de fevereiro de 2024. Para entender melhor essa nova fase do mercado, conversei com dois executivos da Warner Bros. Discovery, J.B. Perrette e Casey Bloys. Ambos reconheceram que a fusão das duas plataformas do grupo reflete a nova realidade do mercado.

A chegada do Max não afetará os canais lineares do grupo, como HBO, HBO2, Discovery e Discovery Kids, que continuarão disponíveis. A estratégia do Max é se tornar, a médio prazo, a segunda maior plataforma do país, resultando em uma meta ambiciosa.

Portanto, o mercado de streaming está vivenciando uma transformação significativa, com grandes mudanças e fusões entre plataformas. O ambiente competitivo está gerando um novo cenário, o que traz a expectativa de uma nova dinâmica para o setor, com efeitos que ainda precisam ser observados e analisados mais detalhadamente. É uma verdadeira revolução que reflete efeitos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e que está mudando a maneira como os consumidores interagem com o entretenimento online.

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