O trâmite agora segue para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na corte. A Procuradoria-Geral da República deverá se manifestar sobre uma possível denúncia contra Bolsonaro, e, caso isso aconteça, caberá à Justiça decidir se ele se tornará réu.
Além de Bolsonaro, outras figuras próximas a ele, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid e o ex-assessor Osmar Crivelatti, estão envolvidos nas acusações de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Outros indiciados pela PF incluem o ex-ministro Bento Albuquerque, Marcelo da Silva Silveira, Marcos André dos Santos Soeira, Julio Cesar Vieira Gomes e o militar José Roberto Bueno Junior, todos suspeitos de diferentes crimes relacionados à investigação.
Bolsonaro, que já foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral por disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral, também é alvo de outras investigações que envolvem tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Caso seja condenado por esses crimes, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e se tornar inelegível por mais de 30 anos. As investigações continuam no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado por Moraes, instaurado em 2021 e que abrange diferentes frentes que podem resultar na condenação do ex-presidente.