Ao assumir o cargo, Starmer terá como principal objetivo estimular o crescimento econômico do país. Isso envolverá a remoção de algumas das barreiras comerciais deixadas pela saída do Reino Unido da União Europeia, o que provavelmente exigirá a retomada de negociações com Bruxelas.
Após a saída definitiva da UE em janeiro de 2020, sob o comando de Boris Johnson, o Partido Trabalhista tem evitado a possibilidade de retornar ao mercado único ou à união alfandegária. No entanto, a legenda defende a necessidade de eliminar as barreiras comerciais com o bloco para auxiliar as empresas britânicas, especialmente as de menor porte que têm enfrentado dificuldades com o aumento dos custos e a burocracia.
O parlamentar trabalhista Jonathan Reynolds, que deve se tornar ministro dos Negócios no governo de Starmer, ressaltou a importância de buscar um acordo melhor com a UE. Em uma reunião organizada pela British Chambers of Commerce, Reynolds afirmou que há espaço para melhorias nas relações comerciais com o bloco europeu e que é necessário agir para beneficiar as empresas do Reino Unido.
Uma pesquisa realizada pela empresa de contabilidade Menzies revelou que uma em cada três empresas britânicas deseja a reabertura do acordo do Brexit feito no governo de Johnson. Além disso, 20% das empresas consultadas apontaram as barreiras comerciais resultantes do Brexit como um obstáculo para a expansão internacional. Esse cenário coloca pressão sobre Starmer para buscar soluções que possam impulsionar a economia e garantir a estabilidade do mercado após o divórcio conturbado com a União Europeia.