Segundo os dados apresentados, as vendas globais comparáveis em lojas da Starbucks caíram 7% no quarto trimestre fiscal em relação ao ano anterior. Além disso, as transações em suas lojas nos EUA sofreram uma queda de um décimo. As receitas líquidas também tiveram uma redução de 3%, totalizando US$ 9,1 bilhões nos três meses até setembro, enquanto os lucros caíram 25% em termos de lucro por ação.
Diante desse cenário, a empresa anunciou a suspensão da orientação financeira para o ano fiscal de 2025, justificando a transição do CEO e o atual estado dos negócios. Os problemas enfrentados pela Starbucks incluem a resistência dos clientes em pagar os preços das bebidas, as longas filas nas lojas durante os horários de pico e a forte concorrência na China, um mercado crucial para seu crescimento.
Após a demissão do ex-CEO Laxman Narasimhan em agosto, a contratação de Brian Niccol traz esperanças de recuperação para a empresa. Niccol já demonstrou ser capaz de reverter situações adversas em outras empresas e agora está focado em restaurar a atmosfera acolhedora característica das lojas da Starbucks, principalmente nos Estados Unidos.
Em um vídeo divulgado recentemente, Niccol destacou a necessidade de mudanças fundamentais na estratégia da empresa para retomar o crescimento. Dentre os planos apresentados estão a simplificação do menu, a revisão da estrutura de preços e melhorias no sistema de pedidos e pagamento móvel. Mesmo com os resultados negativos, a Starbucks aumentou seu dividendo trimestral e pretende impulsionar sua recuperação.
Os resultados completos da empresa serão divulgados no final de outubro e, enquanto isso, as ações da Starbucks caíram 3,5% nas negociações antes da abertura do mercado. A expectativa é que as medidas anunciadas por Brian Niccol possam reverter a situação da empresa e restaurar sua posição no mercado de cafeterias.