Segundo especialistas, os humanos evoluíram para serem criaturas sociais, e a solidão pode ser interpretada como um sinal de estresse para incentivar a busca por companhia. No entanto, quando a solidão se torna crônica, essa resposta ao estresse pode se tornar prejudicial, resultando em uma atenção exacerbada a ameaças sociais ou exclusão, o que pode dificultar a interação com os outros.
Estudos mostram que pessoas solitárias são mais sensíveis a palavras e expressões faciais negativas, e têm uma resposta atenuada a situações sociais positivas. Esses padrões de comportamento estão relacionados a mudanças no cérebro, afetando áreas responsáveis pela cognição social, autoconsciência e processamento emocional.
A solidão crônica, ao desencadear a resposta ao estresse, também ativa o sistema imunológico, aumentando os níveis de substâncias inflamatórias no cérebro. Essa inflamação crônica pode ser prejudicial para a saúde cerebral, danificando neurônios e suas conexões. Além disso, a solidão está associada a um maior risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, devido ao estresse e inflamação crônicos.
Para combater a solidão crônica, especialistas recomendam buscar novas conexões sociais através de grupos, atividades em equipe ou voluntariado. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser uma abordagem eficaz para trabalhar atitudes e pensamentos que dificultam as interações sociais. A solidão, mesmo sendo um problema complexo, pode ser enfrentada com estratégias que visam promover o bem-estar emocional e mental das pessoas.