Síndrome Metabólica: Conheça os Sintomas, Fatores de Risco e Tratamento Disponível Pelo SUS

A chamada doença silenciosa, que atinge um número cada vez maior de brasileiros, tem sido motivo de preocupação para a comunidade médica e de saúde. A síndrome metabólica, caracterizada por alterações no metabolismo e na parte hormonal, é capaz de dobrar os riscos de morte gerais e triplicar a mortalidade por problemas cardiovasculares.

Essa síndrome, também conhecida como síndrome x, síndrome de raven e síndrome da resistência à insulina, foi identificada nos anos 1980. E é caracterizada pelo acúmulo de gordura no centro do corpo, que leva à resistência à insulina e resulta em alterações metabólicas que podem ser fatais.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica podem ser genéticos ou ambientais, dificultando o tratamento do excesso de peso, principalmente na região abdominal. Alimentação inadequada, inatividade física, idade superior a 60 anos e alterações hormonais são alguns dos fatores que levam ao distúrbio do metabolismo.

Um dos pontos de preocupação é a relação da síndrome metabólica com o diabetes. A síndrome é um conjunto de doenças que se manifesta ao mesmo tempo, e tem como elo a resistência insulínica, quadro no qual os níveis de açúcar no sangue ficam altos e prejudiciais ao corpo.

O tratamento da síndrome metabólica exige mudanças de hábitos que levem à redução do acúmulo de gordura abdominal. É necessário sair do sedentarismo, reduzir o uso de sal e o consumo de alimentos industrializados, controlar o estresse, diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas e cessar o tabagismo. Além disso, uma alimentação balanceada pode estabilizar os níveis de açúcar no sangue, melhorando a ação da insulina e o metabolismo como um todo.

No sistema público, a abordagem para o tratamento da síndrome metabólica é multidisciplinar, focando na mudança dos hábitos de vida do paciente. O acompanhamento nutricional, a administração de medicamentos para controle e redução do risco de desenvolvimento do diabetes, e a melhoria da hipertensão, níveis de colesterol e obesidade são alguns dos cuidados realizados no SUS.

No entanto, é importante ressaltar que ainda há uma falha de disponibilidade de tratamento para obesidade e sobrepeso no SUS. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica têm trabalhado intensamente para tentar criar uma condição favorável para a incorporação desses tratamentos.

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