Sindicatos de oleaginosas na Argentina param atividade em protesto contra desregulamentação econômica do presidente Javier Milei

Os sindicatos de trabalhadores da indústria de oleaginosas na Argentina tomaram uma decisão drástica nesta terça-feira (11) ao optar por interromper a atividade em todos os portos exportadores de grãos e derivados, bem como nas plantas de moagem do país. Essa paralisação, que foi anunciada pela Federação de Trabalhadores do Complexo Industrial Oleaginoso, representa um grande impacto na economia argentina, tendo em vista que essa indústria é responsável pelo maior aporte de divisas para o país.

O líder sindical, Daniel Yofra, em entrevista à AFP, afirmou que a paralisação será por tempo indeterminado e terá início à meia-noite de quarta-feira. A principal motivação por trás dessa medida é a oposição à desregulamentação econômica impulsionada pelo presidente Javier Milei, que inclui uma reforma trabalhista que, segundo Yofra, na verdade promove a precarização dos trabalhadores.

De acordo com o dirigente sindical, a reforma proposta pelo governo, apesar de ser chamada de modernização, na verdade representa uma ameaça aos direitos dos trabalhadores. Essa posição dos sindicatos evidencia a tensão existente entre o governo e os trabalhadores argentinos, que temem por uma perda de direitos e condições de trabalho dignas.

A paralisação nas indústrias de oleaginosas é um reflexo da insatisfação e da resistência dos trabalhadores argentinos diante das políticas econômicas do governo, que são vistas como prejudiciais aos direitos trabalhistas. A partir de agora, resta acompanhar os desdobramentos dessa paralisação e as possíveis negociações entre os sindicatos e o governo para buscar uma solução que atenda às demandas dos trabalhadores sem comprometer a economia do país.

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