Sheinbaum, ex-prefeita da capital, registra sua candidatura para presidência do México, prometendo mudanças e desafiando o machismo político.

Neste domingo, a física e ex-prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, de 61 anos, oficializou sua candidatura à presidência ao registrar sua candidatura no Instituto Nacional Eleitoral (INE), tendo ao seu lado centenas de simpatizantes. Durante o ato, Sheinbaum declarou: “Após 200 anos da República, uma mulher transformadora chegará à presidência. Isso é um símbolo de que estamos deixando para trás o México machista”, reforçando sua promessa de não se submeter a qualquer poder externo, seja ele econômico, político ou estrangeiro.

As pesquisas eleitorais indicam que Sheinbaum conta com 64% das preferências, de acordo com um consolidado de pesquisas da firma Oraculus. Esses números fortalecem a possibilidade de uma mulher governar o México pela primeira vez na história, em um país que é a segunda maior economia da América Latina, ficando atrás apenas do Brasil.

Guadalupe Carreño, de 54 anos, expressou seu apoio à candidatura de Sheinbaum, afirmando que “Ela tem tudo para ganhar. É necessário que uma mulher preparada como ela vença. Elevará o país a uma posição superior em termos econômicos, políticos, administrativos e sociais”, durante uma entrevista à AFP no INE. Esta declaração reflete a esperança e confiança de parte da população em relação à candidata.

Em contrapartida, a senadora de origem indígena Xóchitl Gálvez, que é candidata de uma coalizão dos partidos tradicionais PRI, PAN e PRD e se apresenta com uma proposta de centro-direita, aparece em um distante segundo lugar, com apenas 31% de apoio.

Apesar de as leis mexicanas proibirem manifestações a favor de candidatos antes do início da campanha, um protesto opositor deste domingo reuniu potenciais eleitores de Gálvez, de 60 anos. O cenário eleitoral no México está aquecido e promete movimentar ainda mais as disputas políticas nos próximos meses.

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