Serviço Secreto admitiu recusar pedidos de recursos adicionais para segurança de Trump antes de tentativa de assassinato

O Serviço Secreto dos Estados Unidos admitiu no último sábado que recusou pedidos de recursos adicionais feitos pela equipe de segurança do ex-presidente Donald Trump nos dois anos que antecederam a tentativa de assassinato sofrida por ele na semana passada. Essa revelação veio após acusações de que a agência teria negado pedidos de agentes adicionais para garantir a segurança nos comícios de Trump, especialmente no evento em Butler, na Pensilvânia, onde ocorreu o atentado.

Inicialmente, o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, havia negado que tais pedidos tivessem sido rejeitados. No entanto, ele reconheceu posteriormente que a agência de fato recusou alguns pedidos de recursos adicionais para a equipe de Trump. Segundo fontes anônimas, a campanha do ex-presidente solicitou recursos extras durante boa parte do tempo em que Trump esteve fora do cargo, mas tais pedidos não foram específicos para o comício em que ocorreu o ataque.

O secretário do Departamento de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, refutou as acusações de que ele teria negado os recursos adicionais, classificando tais declarações como falsas e irresponsáveis. No entanto, a admissão do Serviço Secreto de que recusou alguns pedidos de apoio só intensificou as críticas à diretora do órgão, Kimberly Cheatle, que deve comparecer a uma audiência no Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Deputados.

O ataque em Butler resultou na morte de um participante do comício, além de deixar Trump ferido e outros dois indivíduos feridos. Thomas Matthew Crooks, o atirador responsável pelo atentado, foi morto por um atirador do Serviço Secreto. A falha na segurança foi reconhecida pelo secretário Mayorkas, que ordenou uma revisão independente dos procedimentos de segurança antes e depois do tiroteio.

Diante desse cenário, vários republicanos pediram a renúncia de Cheatle, apontando para as falhas na segurança durante o evento em questão. Trump, por sua vez, elogiou a rápida resposta do Serviço Secreto após o atentado, agradecendo a todos os agentes de segurança envolvidos. A situação segue sendo investigada e levantando questionamentos sobre a eficácia dos protocolos de segurança em eventos políticos de alto risco.

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