Secretário Nacional de Segurança critica políticas de combate ao crime em evento na OAB-SP e aponta falta de debate sério

Em um discurso incisivo e determinado, o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, abordou as políticas que o governo Lula planeja implementar para combater a criminalidade organizada no país, especialmente em São Paulo. Durante quase 40 minutos de fala, Sarrubbo não poupou críticas às estratégias anteriormente adotadas, como o fim das saídas temporárias de presos e as operações policiais de ocupação de territórios com alta letalidade.

Mesmo sem citar nomes, ficou claro que as alfinetadas eram direcionadas ao secretário da Segurança, Guilherme Derrite. Sarrubbo enfatizou a necessidade de um debate sério sobre segurança pública, destacando a importância de não simplificar o combate ao crime apenas com aumento de penas ou operações policiais. Ele ressaltou a necessidade de intervenções integradas, que vão além das ações policiais, englobando aspectos educacionais, sociais e econômicos.

Sarrubbo também mencionou a importância de se pensar no dia seguinte às operações, questionando a eficácia delas sem um plano de continuidade. Ele salientou a necessidade de um trabalho conjunto entre governo federal e estadual, indicando a elaboração de um projeto para atuar nesse sentido, com um possível piloto no Nordeste em breve.

O discurso do secretário ocorreu durante a instauração da comissão especial de segurança da Ordem dos Advogados em São Paulo, que teve como motivação os supostos retrocessos na política de segurança pública na gestão de Tarcísio de Freitas. O presidente da comissão, Alberto Toron, destacou os desafios legislativos no campo da segurança pública e a necessidade de diálogo e crítica construtiva.

O coronel Carlos Sanches, representante do governo de Tarcísio de Freitas, também se pronunciou no evento, ressaltando a importância da união e articulação para vencer os desafios da segurança pública. A fala de Sarrubbo e as discussões levantadas durante o evento demonstram a urgência de uma abordagem mais abrangente e integrada para enfrentar a criminalidade, superando as ações pontuais e unilaterais do passado.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo