Seca no Amazonas afeta pescadores e produtores de farinha, que clamam por ajuda em meio à crise climática

A crise ambiental na região do médio Solimões tem trazido impactos devastadores para os pescadores e produtores de farinha que dependem dos recursos naturais para sobreviver. Em um relato angustiante, o pescador Alcione Alcione Batalha, 55, que vive em seu barco flutuante, descreve a difícil situação que enfrenta. Com as secas extremas dos últimos anos, os lagos onde antes estavam os pirarucus, espécie símbolo da Amazônia, se tornaram inacessíveis.

A comunidade São Francisco do Capivara está sofrendo com a escassez de recursos hídricos, prejudicando não só a pesca do pirarucu, mas também a produção de farinha de mandioca, base da alimentação na região amazônica. Os moradores relatam a dificuldade de acesso a água potável e o deslocamento cada vez mais longo para a pesca de subsistência.

A seca extrema está desencadeando uma série de consequências desastrosas, afetando não apenas a produção de alimentos, mas também a renda das famílias. Os pescadores e produtores de farinha pedem apoio do poder público, como acesso a cestas básicas, água potável e antecipação do pagamento do seguro defeso.

A visita do ex-presidente Lula à região e as medidas anunciadas para combater a seca trazem um fio de esperança para os moradores. No entanto, as comunidades aguardam ansiosas por um repiquete, um aumento momentâneo do volume de água que poderia trazer alívio para a situação crítica em que se encontram.

Diante desse cenário alarmante, os desafios para garantir a segurança alimentar e a subsistência das comunidades locais são imensos. A articulação entre poder público, instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil se faz necessária para encontrar soluções efetivas e sustentáveis para enfrentar os impactos da crise climática na região do médio Solimões.

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