Seca em São Paulo provoca proliferação de algas no rio Pinheiros e muda coloração da água, alerta Cetesb

No último mês, a população de São Paulo foi surpreendida ao se deparar com a coloração verde das águas do rio Pinheiros, um dos principais corpos hídricos da capital paulista. A combinação de pouca água e alta concentração de nutrientes presentes no esgoto resultou em uma proliferação de algas, alterando drasticamente a tonalidade do rio.

Segundo informações da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a escassez de chuvas na região tem contribuído para a redução do volume de água no rio Pinheiros. Com menos água fluindo, a concentração de nutrientes aumenta, criando um ambiente favorável para o crescimento das algas em grande quantidade, o que acarreta na mudança de cor da água.

A medida que os dias quentes e secos continuam na cidade, a tendência é que a situação se mantenha, especialmente com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia de chuvas abaixo da média para os próximos dias na região Sudeste. A seca severa que atinge São Paulo foi classificada pelo Cemaden como o terceiro pior nível, levando em consideração a quantidade de chuva, umidade do solo e estresse na vegetação.

Além disso, o Brasil enfrenta a pior seca já registrada desde 1950, de acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A extensão do problema já atinge cerca de 58% do território nacional, superando as estiagens anteriores em 1998 e 2015/2016.

Diante desse cenário preocupante, a população e os órgãos ambientais continuam em alerta para a necessidade de medidas emergenciais para lidar com a escassez de água e os impactos ambientais causados pela seca prolongada. É crucial buscar soluções sustentáveis para preservar os recursos hídricos e mitigar os efeitos das mudanças climáticas na região.

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