Os advogados de Saul, Ricardo Zamariola e Kátia Vilhena Reina, alegam que em setembro de 2013, Samuel Klein transferiu sua participação acionária na Via Varejo para empresas offshore de seus herdeiros: Michael Klein, Eva Klein, Raphael Klein e Natalie Klein. Na época, o patriarca possuía 25,1% das ações da gigante do varejo.
Segundo a defesa de Saul, as transferências feitas por Samuel Klein configuram doações, e os beneficiários devem devolver os valores para igualar os quinhões dos herdeiros conforme determina a legislação. O pedido será analisado pelo juiz José Francisco Matos, da 4ª Vara Cível de São Caetano do Sul, em São Paulo.
Esta nova ação de Saul Klein é mais um capítulo na disputa familiar, especialmente com seu irmão Michael Klein, que é o inventariante do espólio. Saul chegou a tentar incriminar Michael por supostamente falsificar a assinatura do pai nos documentos referentes às doações, sem sucesso. Agora, ele busca anular as transferências alegando que a fortuna do pai deveria ter sido distribuída de forma mais equitativa, totalizando em torno de R$ 3,5 bilhões ao invés dos R$ 500 milhões sugeridos.
Consultados sobre o assunto, tanto Saul quanto Michael Klein optaram por não comentar o caso. Aguarda-se a decisão da Justiça sobre este polêmico litígio familiar.
Com a colaboração de Diego Felix.