A situação afeta não apenas São Sebastião do Caí, mas também outros municípios da região central e dos vales do Jacuí, Taquari e rio Pardo, que foram fortemente impactados pelas chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul. Até o momento, o estado contabiliza 10 mortos e 21 desaparecidos em decorrência dos temporais.
A enchente alagou diversos bairros, desalojando dezenas de moradores e invadindo casas e prédios pela primeira vez. Muitos moradores se viram obrigados a levar seus veículos para a avenida Dr. Bruno Cassel, que é a mais alta da cidade, transformando a via em um estacionamento improvisado.
A falta de energia elétrica em grande parte da cidade deixou muitas pessoas incomunicáveis, com celulares sem bateria. Além disso, o sistema de bombeamento de água está alagado, agravando ainda mais a situação. A previsão do tempo indica mais chuvas até sexta-feira, o que pode elevar novamente o nível do rio e gerar novos transtornos.
Essa enchente reacende um trauma recente entre os moradores de São Sebastião do Caí, que em novembro de 2023 já haviam enfrentado uma situação semelhante. Agora, com o nível do rio atingindo um novo recorde, a preocupação e o temor aumentam entre a população.
Muitos moradores relatam prejuízos materiais e emocionais decorrentes das enchentes, como a corretora de imóveis Zoraia Câmara, que se viu obrigada a deixar sua casa e preocupada com a segurança de seu filho. A situação extrema exige uma reavaliação da cidade e medidas efetivas por parte das autoridades para evitar que tragédias como essa se tornem recorrentes.
Esta é a quarta enchente enfrentada pelos moradores da região em menos de 12 meses, o que demonstra a gravidade da situação. A população precisa de apoio e medidas de prevenção para enfrentar as consequências desses eventos climáticos extremos.