Esperava-se que o pontífice presidisse a Via Sacra, que reencena a Paixão e crucificação de Cristo, e apresentasse as meditações que são lidas em voz alta em cada estação. No entanto, minutos antes do início do evento, o Vaticano anunciou que Francisco acompanharia a procissão a partir de sua residência no Vaticano, a Casa Santa Marta.
Francisco, que tem 87 anos e parte de um pulmão removido quando jovem, tem enfrentado problemas de saúde, incluindo gripe, bronquite e resfriado. Sua decisão de permanecer em casa neste ano surpreendeu a todos e sugeriu uma mudança repentina em seus planos.
A cadeira de Francisco já estava posicionada no lado de fora do Coliseu, onde ele presidiria o rito. Seu assessor, monsenhor Leonardo Sapienza, estava presente para ajudá-lo, mas minutos antes do início da procissão, a assessoria de imprensa do Vaticano anunciou que ele não compareceria. A cadeira foi retirada rapidamente.
A ausência do papa foi notada com preocupação e compreensão entre os peregrinos que lotaram o local para a procissão iluminada por tochas. Alguns, como Marlene Steuber, da Costa Rica, expressaram preocupação com a saúde de Francisco, mas entenderam sua necessidade de cuidar de si mesmo.
Brian Hopp, um visitante de Chicago, reconheceu os problemas de saúde enfrentados por Francisco e elogiou sua responsabilidade ao priorizar seu bem-estar para o período da Páscoa. O pontífice, que também enfrentou dificuldades durante a liturgia da Sexta-Feira Santa na Basílica de São Pedro, tem uma agenda intensa nos próximos dias, incluindo a Vigília Pascal e a missa do Domingo de Páscoa.
Francisco tem lidado com diversos problemas de saúde nos últimos anos, incluindo cirurgias no intestino grosso e complicações no joelho. Apesar disso, em suas memórias recentemente publicadas, ele afirmou não ter motivos para renunciar e ter muitos projetos a realizar. Sua saúde continua sendo uma preocupação para muitos, mas sua determinação em continuar exercendo suas funções é evidente.