Os dados apresentados mostram que São Paulo foi o estado que mais contribuiu para esse crescimento, registrando um avanço na moagem de 23,24%. Outros estados como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também alcançaram recordes de processamento de cana, com crescimentos variando entre 8,74% e 17,47%.
Segundo o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, a safra surpreendeu as expectativas iniciais, uma vez que houve recordes tanto na moagem quanto na fabricação de etanol e açúcar, algo inédito na região Centro-Sul. Ele ainda ressaltou a recuperação da produtividade agrícola nos canaviais, que registrou um aumento de 19,0% em relação à safra anterior.
Em relação aos aspectos qualitativos da safra, houve uma redução na concentração de açúcares na planta, porém, menos drástica do que o esperado devido às condições climáticas favoráveis durante o período de moagem. A produção de açúcar atingiu um recorde de 42,42 milhões de toneladas, representando um aumento de 25,70% em relação à safra passada.
Além disso, a produção de etanol também registrou um recorde histórico, com destaque para a produção de etanol de milho de segunda safra, que totalizou 33,59 bilhões de litros. Este volume representa um crescimento expressivo de 16,16% em relação à safra anterior e um aumento de 1,01% em comparação com o recorde anterior estabelecido na safra 2019/2020.
Portanto, a safra 2023/2024 da região Centro-Sul do Brasil se destacou não apenas pelo volume recorde de produção de cana-de-açúcar, mas também pela recuperação da produtividade agrícola e pelos recordes na fabricação de açúcar e etanol. Esses resultados são fruto de condições climáticas favoráveis e do constante investimento em tecnologia por parte da indústria sucroenergética.