Sabesp analisa expansão para outros estados visando avanço na universalização do saneamento em São Paulo, em meio à privatização

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) está avaliando a possibilidade de expandir suas operações para outros estados do Brasil, à medida que avança nas metas de universalização do acesso à água e ao esgoto em São Paulo. Em um painel sobre saneamento no fórum de investimentos do Bradesco BBI, o diretor-presidente da Sabesp, André Gustavo Salcedo, afirmou que a empresa possui capacidade técnica e financeira para atuar em outras regiões do país.

Salcedo destacou que a Sabesp já possui presença em diversos municípios paulistas, atendendo às diferentes realidades do estado, o que inclui desafios de infraestrutura presentes em todo o país. Ele ressaltou a importância de considerar o porte dos municípios alvo para garantir a viabilidade da instalação de uma unidade.

Com a privatização em processo, a Sabesp tem como foco atual a universalização dos serviços de saneamento nos municípios de São Paulo, com previsão de atingir essa meta até 2029. A empresa vê na privatização a possibilidade de acelerar o cumprimento dessa meta, uma vez que a meta nacional prevista no Marco do Saneamento é até 2033.

Salcedo mencionou a possibilidade de a Sabesp participar de concessões plenas em outros estados e de atuar na privatização de companhias estaduais. Ele também abordou a questão das Parcerias Público-Privadas (PPPs), destacando que a empresa nunca participou desse tipo de concessão, mas está avaliando a possibilidade de ser competitiva nesse sentido.

Durante sua apresentação, Salcedo enfatizou a importância de atrair investimentos privados para o setor de saneamento, mesmo em estados e municípios que evitam a privatização por questões políticas e econômicas. Ele ressaltou a urgência de acelerar os investimentos necessários para cumprir as metas de universalização estabelecidas pelo Marco do Saneamento.

Em resumo, a Sabesp está avaliando a expansão de suas operações para outros estados, considerando sua capacidade técnica e financeira, enquanto mantém o foco na universalização dos serviços de saneamento em São Paulo e busca alternativas para atrair investimentos privados no setor.

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