Como resposta a essas sanções, Moscou tem reduzido sua dependência dos serviços marítimos ocidentais e construiu o que vem sendo chamado de “frota fantasma” de cargueiros. A estratégia consiste em adquirir barcos antigos aos quais oferece seus próprios serviços de seguro, evitando assim a dependência das companhias ocidentais.
Segundo a Kiev School of Economics (KSE), 179 petroleiros da frota fantasma russa partiram de portos russos somente em novembro de 2023. Além disso, em outubro do mesmo ano, foram exportados cerca de 2,3 milhões de barris de petróleo por dia e 800.000 barris de produtos petrolíferos diários graças a essa frota fantasma, conforme indicado em um informe publicado em dezembro de 2023.
No entanto, o informe parlamentar aponta falhas e lacunas decorrentes das divergências entre os regimes de sanções, enfraquecendo sua eficácia. Isso tem instigado a instauração de medidas que limitem essas lacunas ao máximo possível, com o intuito de conter as atividades da frota fantasma e suas consequências.
Essas estratégias revelam a complexidade das relações internacionais e as tentativas das potências ocidentais de pressionar a Rússia por meio de sanções econômicas. A Rússia, por sua vez, busca driblar essas medidas e garantir que suas exportações de petróleo não sejam prejudicadas, demonstrando a intensidade da disputa e das estratégias adotadas por ambas as partes.
Dessa forma, fica evidente que as sanções e suas contrapartidas representam um ponto de tensão significativo nas relações internacionais, com implicações tanto políticas quanto econômicas para todos os envolvidos. A complexidade dessas relações requer análises minuciosas e estratégias eficazes por parte de todos os atores envolvidos.
