Repórter São Paulo – SP – Brasil

Rússia ameaça atacar capitais europeias em retaliação ao recebimento de mísseis americanos pela Alemanha, alerta porta-voz do Kremlin.

A tensão geopolítica entre Rússia e Estados Unidos atingiu um novo nível neste sábado (13/07), quando o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ameaçou atacar capitais europeias em retaliação ao anúncio de que a Alemanha receberá mísseis americanos de longo alcance. Em um vídeo postado nas redes sociais por um repórter de uma emissora estatal russa, Peskov afirmou que a Europa poderia se tornar alvo dos mísseis russos, em um claro sinal de que o país está disposto a agir caso se sinta ameaçado.

A declaração de Peskov evocou os tempos da Guerra Fria, quando a tensão entre EUA e União Soviética levou o mundo à beira de um conflito nuclear. O anúncio conjunto de Alemanha e Estados Unidos, feito na última quarta-feira (10/07), de que bases de mísseis de longo alcance seriam instaladas no território alemão a partir de 2026, foi visto pela Rússia como uma provocação direta e uma ameaça à sua segurança.

A posição russa de deter as potencialidades de tais mísseis foi enfatizada por Peskov, mas a advertência de que as capitais europeias seriam as potenciais vítimas em caso de conflito não passou despercebida. O cenário de uma nova corrida armamentista na Europa parece cada vez mais próximo, com os países do continente divididos entre o apoio aos EUA e a preocupação com as consequências de uma escalada militar.

Enquanto as autoridades europeias tentam mediar a situação e evitar um confronto direto, a retórica belicosa vinda do Kremlin mostra que a paz na região está cada vez mais frágil. A decisão da Alemanha de permitir a instalação dos mísseis americanos em seu território foi vista como uma afronta pela Rússia, que agora ameaça responder com medidas ainda mais drásticas.

O mundo acompanha com apreensão o desenrolar desses acontecimentos, cientes de que uma escalada militar na Europa poderia ter repercussões globais. A diplomacia se torna crucial nesse momento de crise, enquanto o espectro de um conflito armado paira sobre o continente. A comunidade internacional aguarda ansiosamente por desdobramentos que possam garantir a segurança e a estabilidade na região.

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