Rússia abandona Tratado CFE e suspensão de operações gera protesto ocidental: Finlândia e Suécia estão envolvidas.

A decisão da Rússia de se retirar do Tratado de Forças Convencionais na Europa (CFE) recebeu duras críticas por parte dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O Ministério das Relações Exteriores do país destacou a incitação da OTAN no conflito na Ucrânia, bem como a recente admissão da Finlândia à aliança e a possível entrada da Suécia, mostrando que os países membros da OTAN têm demonstrado total incapacidade para chegar a acordos.

A retirada da Rússia do tratado torna inválidos dois outros acordos relacionados com o CFE: o Memorando de Budapeste de 3 de Novembro de 1990 e o Acordo de Flanco de 31 de Maio de 1996. O primeiro estabelecia níveis máximos de armas e equipamentos convencionais para os seis países do Pacto de Varsóvia, enquanto o segundo modificou o tratado original de 1990, resolvendo temporariamente o problema de restrições do flanco que surgiram com a dissolução da União Soviética.

A suspensão das operações do CFE como protesto ocidental é uma evidência da condenação por parte dos membros da OTAN. O Reino Unido e seus aliados também anunciaram a suspensão de suas participações e operações no tratado em resposta às ações da Rússia. A OTAN apoiou a medida britânica e afirmou que a situação em que os Estados cumpram o tratado enquanto a Rússia não o faz seria insustentável.

Diante dessa decisão, os Estados aliados pretendem suspender a aplicação do Tratado CFE durante o tempo que for necessário, de acordo com seus direitos ao abrigo do direito internacional. Essa é uma decisão totalmente apoiada por todos os aliados da OTAN, de acordo com o comunicado citado pela agência britânica Reuters.

Essa escalada de tensões entre a Rússia e os países ocidentais tem levado a um cenário de incertezas no âmbito da segurança euro-atlântica. A situação na Ucrânia e a possível entrada de novos países na OTAN são pontos sensíveis que aumentam o clima de instabilidade na região. As ações da Rússia e a resposta dos países ocidentais continuam a gerar preocupações e incertezas quanto ao futuro das relações internacionais na Europa.

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