De acordo com o experiente diplomata, ele nunca imaginou que chegaria a uma idade em que o futuro dos EUA pareceria mais incerto do que o futuro do Brasil, destacando as dificuldades enfrentadas pelos Estados Unidos, particularmente evidenciadas durante o debate eleitoral entre Joe Biden e Donald Trump. Em contrapartida, Ricupero ressaltou que o Brasil vive um período de relativa normalidade política após um período de instabilidade durante o governo de Jair Bolsonaro.
Outro assunto abordado por Ricupero foi a eleição na França, marcada para o dia seguinte ao evento, onde a extrema direita liderava as intenções de voto. O diplomata expressou preocupação com o cenário político global e ressaltou a importância de questões como o aquecimento global, citando que este é um desafio que não pode ser deixado de lado.
Quanto ao papel do Brasil no cenário internacional, Ricupero enfatizou que o país não tem condições de atuar como mediador em grandes conflitos, como os da Ucrânia e Faixa de Gaza, devido à falta de experiência e representação na região. Ele pontuou que a mediação internacional é uma tarefa complexa e rara, e que os países envolvidos nos conflitos precisam estar dispostos a buscar soluções.
Em relação ao Brasil, Ricupero demonstrou otimismo ao destacar a inclusão de contingentes antes excluídos na sociedade e a abordagem de questões fundamentais como direitos humanos, igualdade de gênero e combate à pobreza. Suas reflexões durante o debate na Feira do Livro proporcionaram uma análise crítica e ponderada sobre a atual conjuntura nacional e internacional.