A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) lamentou profundamente a morte de Rosa, destacando sua história de sucesso e conquistas no mundo do Carnaval. Com sete títulos de campeã nos desfiles das escolas de samba do Rio, Rosa tornou-se uma figura icônica, sendo chamada de “professora” e “dama do Carnaval do Rio”.
Sua trajetória vitoriosa incluiu títulos pela Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel, além de uma série de contribuições marcantes para a arte e cultura carnavalesca. Rosa Magalhães foi premiada com o Emmy de melhor figurino na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio em 2007, evidenciando seu talento e reconhecimento internacional.
A carnavalesca também deixou um importante legado acadêmico para o Carnaval carioca, ao introduzir conhecimentos e práticas da arte cênica nas apresentações das escolas de samba, transformando a festa em um espetáculo audiovisual de grande magnitude. Além disso, Rosa foi uma das precursoras do papel da mulher como carnavalesca, conquistando espaço e reconhecimento em um meio ainda predominantemente masculino.
Seu acervo iconográfico, composto por 5 mil croquis de figurinos e alegorias, foi doado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), evidenciando seu compromisso com a preservação e disseminação da cultura carnavalesca. Rosa Magalhães também recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela universidade, em reconhecimento à sua significativa contribuição à cultura brasileira.
Com uma carreira brilhante e uma série de conquistas memoráveis, Rosa Magalhães deixou sua marca indelével no Carnaval do Rio de Janeiro e na história da arte brasileira. Sua partida deixa um vazio no mundo do Carnaval, mas seu legado permanecerá vivo e inspirador para as futuras gerações de artistas e carnavalescos.