Com a falta de chuvas que já perdura há dois meses, todas as bacias hidrográficas encontram-se em alerta máximo para seca. Os 22 municípios do Acre permanecem em estado de emergência devido às condições climáticas desfavoráveis. Anteriormente, o menor nível do rio Acre havia sido registrado em 2016, com 1,30 metro de altura.
Para evitar uma crise no abastecimento de água em Rio Branco, o Serviço de Água e Esgoto da cidade construiu uma barragem próxima à captação das bombas da Estação de Tratamento de Água. Atualmente, a capacidade de captação de água nas estações de tratamento da cidade está em 96%, garantindo, por enquanto, que não haja risco de racionamento.
Além da crise hídrica, outra questão preocupante é a presença intensa de fumaça na cidade, ocasionada pelas queimadas que assolam a região. O governo do Acre decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento dos focos de incêndio, à seca dos rios e à vulnerabilidade da população devido à qualidade imprópria da água.
Diante desse cenário, as aulas na rede pública estadual foram suspensas novamente por conta da forte fumaça gerada pelos incêndios. A qualidade do ar em Rio Branco atingiu índices considerados péssimos, colocando em risco a saúde da população local. A situação também preocupa as autoridades em relação à propagação dos incêndios florestais e à poluição do ar.
O estado do Acre lançou a Operação Sine Ignis para tentar conter os focos de incêndio que, somados ao período de seca, têm impactado de forma significativa a região. A população local e as autoridades permanecem em alerta diante dos desafios enfrentados devido às condições climáticas adversas que têm se intensificado nos últimos meses.