Desde o início de seu governo, Khomeini adotou uma postura hostil em relação a Israel, a quem chamava de “Pequeno Satã”, reservando o título de “Grande Satã” para os Estados Unidos. Em uma declaração marcante, o aiatolá referiu-se a Israel como um “tumor canceroso a ser removido do coração do mundo islâmico”, considerando isso uma sentença definitiva pela perspectiva xiita.
A história desse conflito remonta a décadas atrás, com o próprio xá Pahlavi se posicionando contra a divisão da Palestina em dois estados na histórica assembleia da ONU em 1947. Ele argumentou que tal divisão poderia resultar em uma escalada de violência na região, que já se encontrava sob o mandato britânico na época.
Essa postura se tornou um ponto de tensão evidente com o passar dos anos, culminando na situação atual de conflito constante entre Israel e o Irã. A retórica inflamada adotada por Khomeini e seus sucessores apenas serviu para aprofundar o abismo entre os dois países e tornar mais distante a possibilidade de reconciliação ou diálogo.
A questão Israel-Irã continua sendo uma das mais complexas e delicadas da geopolítica mundial, com raízes históricas profundas e uma série de questões não resolvidas que ainda alimentam o conflito. A busca por uma solução pacífica e duradoura nesse contexto permanece um desafio urgente para a comunidade internacional.