No entanto, o sucesso dessas reformas parece estar em declínio. A economia chinesa não está mais indo tão bem quanto antes. A falta de transição de poder e as perseguições a setores como tecnologia, educação privada e consultorias levantam dúvidas sobre as prioridades do governo. Além disso, a incerteza política e a possibilidade de desaparecimento repentina dos líderes fazem com que os investidores se questionem sobre a segurança de seus investimentos.
O governo chinês comemorou os resultados positivos das vendas do varejo e da produção industrial, mas esses números isolados não são suficientes para reverter a falta de dinamismo da economia. Para enfrentar esse problema, o país precisaria adotar medidas impopulares, como aumentar a transparência política, aumentar a produtividade das estatais e reformar o sistema previdenciário. No entanto, o presidente Xi Jinping tem outras prioridades e está disposto a sacrificar o crescimento em nome da segurança nacional.
A China está envelhecendo rapidamente e a população ativa está cada vez menos interessada em construir famílias, o que implica em uma necessidade de reformas no sistema previdenciário. No entanto, essas medidas não são populares e podem enfrentar resistência. Enquanto Xi Jinping estiver no poder e priorizando sua interpretação pessoal de segurança nacional, os estímulos podem até dar algum alívio à economia, mas não resolverão os problemas estruturais.
É possível que estejamos entrando em uma nova era na China, em que resultados modestos se tornem a regra. O mundo precisará se adaptar a essa realidade e se preparar para as mudanças que estão por vir.