Uma das principais surpresas do primeiro turno foi a ascensão do Reunião Nacional (RN), partido de extrema direita liderado por Marine Le Pen. O RN conseguiu um desempenho acima do esperado, consolidando-se como uma força política relevante no cenário francês. O resultado do partido levanta questões sobre a polarização política na França e a crescente popularidade de discursos populistas e nacionalistas.
Por outro lado, a Nova Frente Popular (NFP), uma coligação de partidos de esquerda, também teve destaque no primeiro turno. O que chamou a atenção dos analistas foi o nível de escolaridade dos eleitores que apoiam a NFP. Diferentemente do estereótipo de que partidos de esquerda são mais populares entre eleitores menos escolarizados, a NFP atraiu uma parcela significativa de votantes com níveis educacionais mais elevados. Isso demonstra que as ideias progressistas estão ganhando espaço entre diferentes camadas da sociedade francesa.
Além disso, o primeiro turno das eleições legislativas também evidenciou o enfraquecimento de partidos tradicionais, como Os Republicanos e o Partido Socialista. Essas legendas históricas sofreram perdas significativas de votos, refletindo um cenário de mudança e renovação na política francesa.
Em resumo, o primeiro turno das eleições legislativas na França foi marcado por surpresas, como a ascensão do RN e o desempenho da NFP, além do enfraquecimento de partidos tradicionais. As lições desse pleito servem como um termômetro para as tendências políticas do país e indicam o caminho que a política francesa está trilhando. O segundo turno, que acontecerá em breve, promete ser ainda mais intenso e decisivo para o futuro da França.