Restauração do sistema elétrico em Cuba avança, mas população enfrenta dificuldades com falta de energia e chegada de furacão iminente

Há mais de dois dias sem luz, Cuba enfrenta uma situação de emergência energética devido ao colapso da principal central térmica da ilha, localizada em Matanzas. O país consumiu 3.300 megawatts na quinta-feira passada, um dia antes do apagão total de energia. A situação foi atribuída à falta de combustível necessário para alimentar as centrais elétricas, decorrente do embargo imposto pelos Estados Unidos desde 1962.

Segundo informações da presidência cubana, foram relatados avanços na restauração do sistema elétrico, com 16% dos consumidores já tendo eletricidade e cerca de 500 megawatts sendo gerados. A promessa é de que o sistema continuará a aumentar sua carga nas próximas horas.

Nas ruas de Havana, a situação é crítica, com a maioria das áreas às escuras. Apenas hotéis, hospitais e algumas poucas residências particulares com geradores de emergência contam com energia. A população está cansada e enfrentando dificuldades diárias devido à escassez de luz.

O presidente cubano, em uma reunião de supervisão, se comprometeu a não dar descanso aos serviços do Estado até que a eletricidade seja totalmente restabelecida. No entanto, os habitantes demonstram irritação e preocupação com a demora na resolução do problema. Muitos têm enfrentado dificuldades de locomoção e estão sob estresse devido à situação precária.

Enquanto isso, a chegada de um furacão iminente aumenta a preocupação da população, que já está fragilizada devido à falta de energia. A incerteza sobre quando a situação será normalizada gera ansiedade e apreensão entre os cubanos, que esperam que as medidas emergenciais adotadas pela presidência cubana sejam eficazes para garantir o restabelecimento da eletricidade no país.