No ano passado, os enfermeiros e os socorristas já haviam interrompido suas atividades em dezembro, como forma de protesto por aumentos salariais. Desde então, o sistema de saúde enfrentou quinze greves de residentes, enfermeiros, radiologistas, clínicos gerais e especialistas, causando o adiamento de cerca de um milhão e cem mil cirurgias e consultas.
A continuidade das greves tem gerado preocupação em relação ao impacto no atendimento aos pacientes. Apesar disso, o diretor clínico do NHS na Inglaterra orientou aos pacientes que continuem a procurar ajuda médica, caso necessário. No entanto, há temores de que a equipe médica reduzida possa comprometer o atendimento aos pacientes internados, especialmente os mais vulneráveis, como os idosos.
Uma das principais reivindicações dos profissionais de saúde em greve é a exigência de um aumento salarial de 35% para compensar a perda real de 26% devido à inflação acumulada nos últimos 15 anos. Até o momento, o governo ofereceu um reajuste de cerca de 9% em abril, além de uma proposta adicional de 3%, o que tem sido considerado insuficiente para evitar novas paralisações.
Diante desse cenário, o impasse entre o governo e os profissionais de saúde continua a afetar o funcionamento do NHS e a prestação de serviços médicos à população. Enquanto as negociações se arrastam, a incerteza sobre o futuro do sistema de saúde britânico permanece, causando angústia e impactando diretamente a vida dos cidadãos dependentes desse serviço.