Republicanos nos EUA atacam empresas de Wall Street por participarem de coalizões climáticas, temendo impacto nos empregos no setor de combustíveis fósseis.

Diversos Estados controlados por republicanos nos Estados Unidos estão movendo-se contra empresas de Wall Street que participam de coalizões climáticas e investem em produtos com foco em governança ambiental, social e corporativa (ESG). O receio desses Estados é de que tais iniciativas possam prejudicar os empregos no setor de combustíveis fósseis, uma das principais fontes de receita e empregabilidade em suas regiões.

Essa postura dos Estados conservadores acontece mesmo diante do descumprimento do acordo intergovernamental firmado em Paris em 2015, que buscava manter o aquecimento global abaixo de 1,5 grau Celsius para evitar os impactos catastróficos das mudanças climáticas. Contudo, segundo o relatório do Comitê Judiciário, o governo do presidente norte-americano Joe Biden é acusado de não investigar devidamente o que é chamado de “cartel climático”, tampouco de adotar medidas contra suas possíveis violações da lei antitruste dos EUA.

Um porta-voz do presidente do Comitê Judiciário, Jim Jordan, afirmou que o objetivo da investigação é informar possíveis reformas legislativas, mas não comentou sobre interações com órgãos de defesa da concorrência em relação ao relatório. O documento ainda ressalta que as conclusões são provisórias e que a investigação segue em andamento.

Durante a investigação, o comitê emitiu intimações para produção de documentos e entrevistou ex-reguladores. O foco do relatório, que será divulgado nesta terça-feira, está na Climate Action 100+, um grupo de mais de 700 investidores que pressionam empresas a reduzirem suas emissões de gases estufa. A investigação aponta que gestores de ativos encerraram sua participação no grupo este ano por temerem uma possível repressão antitruste.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo