O projeto, chamado de Lote Nova Raposo, deve conceder 93 km de estradas atualmente operadas pela Via Oeste a um grupo empresarial vencedor, que poderá operar o sistema por 30 anos e realizar investimentos de aproximadamente R$ 7,3 bilhões. A abertura dos envelopes está marcada para 25 de novembro na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
Os acréscimos tarifários previstos no edital variam entre 10% e 61%, de acordo com o tipo de melhoria viária realizada, como a construção de faixas adicionais em pista simples, duplicação de pista simples e faixas adicionais em pista dupla. Além disso, o governo prevê uma redução média de 20% nas tarifas para os trechos onde já existem praças de pedágio instaladas a partir de abril de 2025.
Contudo, a proposta de cobrança de pedágio em trechos urbanos da rodovia e a criação de novas pistas para incentivar o uso de carros têm gerado críticas de movimentos de moradores das regiões afetadas. O governo, por sua vez, afirma que as obras previstas na concessão têm como objetivo melhorar a segurança viária e reduzir o número de acidentes.
Dentre as modificações feitas no projeto, destaca-se a transferência da instalação de uma ponte na região da avenida Valentin Gentil para a avenida Escola Politécnica, visando desviar parte do fluxo de chegada à capital para áreas menos congestionadas. Outras intervenções, como a construção de túneis e viadutos, também estão previstas para melhorar a mobilidade na região oeste de São Paulo.
Apesar das controvérsias e críticas, o governo estadual ressalta a importância das melhorias propostas na concessão para garantir maior fluidez no tráfego e segurança aos usuários das rodovias. A expectativa é que, com a conclusão das obras previstas, os benefícios gerados superem as polêmicas envolvidas no projeto de renovação da concessão.