O filósofo Matthew Stewart, em seu livro “An Emancipation of the Mind”, explicou que os americanos eram mais fundamentalistas que os britânicos, o que levou a um debate sobre se a Bíblia autorizava ou não a escravidão, sendo que não havia interpretação que condenasse a prática nos textos bíblicos.
Diante disso, os abolicionistas nos EUA buscaram outras fontes para embasar suas posições, encontrando inspiração no idealismo alemão, especialmente em pensadores como Ludwig Feuerbach e David Friedrich Strauss. Alguns abolicionistas americanos ficaram tão ligados ao pensamento crítico alemão que foram chamados de “hegelianos de Ohio”.
Essas ideias influenciaram personalidades como Abraham Lincoln, que se tornou ávido leitor desses autores e que foi elogiado por Karl Marx em uma carta. Philosophees e ideias filosóficas, por vezes, provocam resultados práticos, como a influência do pensamento alemão na causa abolicionista nos EUA.
Assim, a história da luta contra a escravidão nos Estados Unidos se revela permeada por debates religiosos, filosóficos e políticos, com diferentes correntes de pensamento contribuindo para o avanço do movimento abolicionista no país.