Relatório da Secre Angola aponta presença de mil elementos do PCC em Portugal e influência global do gangue

O crime organizado tem sido tema frequente nos noticiários internacionais, com destaque para a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no cenário europeu. Segundo relatório do órgão de segurança interna de Portugal, citado pela CNN Portugal, estima-se a presença de mil elementos ligados ao PCC atuando no país. Essa informação foi corroborada pelo jornal britânico Guardian, que afirmou que o grupo, fundado em uma prisão de São Paulo, cresceu nos últimos cinco anos e estaria fornecendo boa parte da cocaína consumida na Europa.

Além disso, a Economist, em uma recente edição, associou o PCC a grupos como o italiano ‘Ndrangheta, afirmando que membros do PCC estariam presentes em meia dúzia de países europeus, incluindo a Grã-Bretanha. A revista ouviu diversas fontes, como o promotor de Presidente Prudente, Lincoln Gakiya, a consultoria InSight Crime, dedicada ao crime na América Latina, e um especialista ligado à Universidade de Chicago, com um livro recente sobre o PCC.

A Economist também chamou a atenção para o fato de que o Ministério Público de São Paulo tem investigado “prefeitos e vereadores” e destacou que “o estágio final da transição para uma máfia global é a penetração na política”. Enquanto isso, a agência Associated Press noticiou a prisão de um homem de 24 anos e a detenção de outros 33 indivíduos que transportavam drogas ingeridas para a Europa, segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Os 33 detidos foram liberados após depoimento, conforme relatado pela Folha de S.Paulo.

Essas notícias evidenciam a expansão e consolidação do PCC como um dos grupos mais poderosos do mundo, demonstrando um alcance global e a capacidade de atuação em diferentes frentes, desde a distribuição de drogas até a penetração na política. A ação do PCC no continente europeu também levanta questões sobre a eficácia das políticas de controle de fronteiras e de combate ao tráfico de drogas em nível internacional. A preocupação com a influência e as operações do PCC se estende para além das fronteiras brasileiras, exigindo um esforço conjunto e coordenado entre os países afetados para combater essa ameaça à segurança pública.

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