Repórter São Paulo – SP – Brasil

Reitora da Universidade de Columbia renuncia ao cargo em meio a turbulência causada por protestos estudantis sobre conflito em Israel.

Na última quarta-feira (14), a renúncia da reitora da Universidade de Columbia em Nova York pegou a comunidade acadêmica de surpresa, a poucas semanas do início de mais um ano letivo. Minouche Shafik, a economista britânico-americana que estava à frente da instituição desde julho de 2023, atribui sua decisão ao desgaste provocado por um “período de turbulência” após os protestos estudantis relacionados à guerra entre Israel e Hamas.

A Universidade de Columbia foi o epicentro dos protestos que se espalharam por diversas instituições nos Estados Unidos, clamando por um cessar-fogo no conflito no Oriente Médio. Em uma carta dirigida à comunidade acadêmica, Shafik mencionou as dificuldades enfrentadas para lidar com opiniões divergentes dentro do campus, em meio a um contexto de polarização e conflito de ideias.

A renúncia da reitora levanta questões sobre os desafios enfrentados pelas lideranças acadêmicas em tempos de crise e intensa polarização política. Além disso, traz à tona a importância do diálogo e da capacidade de mediar conflitos em ambientes universitários, onde a diversidade de opiniões muitas vezes pode ser um catalisador de tensões.

A saída de Minouche Shafik também coloca em evidência a pressão sofrida por gestores de instituições de ensino superior diante de questões sensíveis e complexas, como o conflito no Oriente Médio. A comunidade acadêmica da Universidade de Columbia agora aguarda a definição de um novo reitor ou reitora, que terá o desafio de promover a união e o diálogo em meio a um contexto conturbado e polarizado.

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