Reitor da UFPR apoia revogação de títulos: “medida necessária para reafirmar compromisso com a democracia e a memória”

Na última quarta-feira, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo da Fonseca, se pronunciou sobre a revogação dos títulos honoríficos concedidos a três ex-presidentes do Brasil – Castelo Branco, Costa e Silva e Médici, que foram articuladores centrais das políticas de repressão durante a ditadura militar. Para Fonseca, essa medida foi necessária, visto que esses líderes foram responsáveis por atos de violência, tortura, mortes e supressão de direitos e liberdades durante o período autoritário.

Segundo o reitor, o momento atual exige um compromisso renovado com o futuro, especialmente para assegurar que as novas gerações que frequentam a UFPR estejam conectadas com os valores democráticos. Fonseca ressaltou a importância de relembrar as injustiças e violências cometidas no passado, para garantir uma sociedade mais justa e democrática no presente e no futuro. Em suas palavras, a instituição reafirmou seu compromisso com a democracia, a memória, a verdade, a justiça e o presente.

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A revogação dos títulos honoríficos aos ex-presidentes ocorreu um dia após o aniversário de 60 anos do golpe militar no Brasil, que deu início a uma ditadura de 21 anos. O golpe, que contou com a participação de civis e militares, resultou na cassação de direitos políticos, na tortura e morte de opositores e na censura à imprensa. Esse contexto histórico foi lembrado no momento em que a UFPR decidiu tomar essa atitude simbólica de rompimento com figuras ligadas ao autoritarismo.

Em resumo, a posição do reitor Ricardo Marcelo da Fonseca e da UFPR representa um posicionamento importante em defesa dos valores democráticos e da justiça, reafirmando o compromisso da instituição de garantir um ambiente de ensino e pesquisa que esteja alinhado com os princípios da democracia e da memória histórica.

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