Estima-se que cerca de 30 mil pessoas tenham recebido sangue contaminado e pelo menos 3.000 tenham morrido em decorrência disso. Muitas vidas foram afetadas e algumas das pessoas infectadas nunca foram rastreadas. As vítimas e suas famílias continuam em busca de justiça, compensação e respostas sobre como esse erro grave pôde ocorrer, mesmo com avisos sobre os riscos.
O sangue e os produtos sanguíneos contaminados, alguns dos quais foram importados dos Estados Unidos, foram administrados a pessoas que necessitavam de transfusões ou como tratamento para hemofilia.
Após a publicação de um relatório de inquérito independente, o primeiro-ministro Rishi Sunak está preparando um pedido oficial de desculpas. Além disso, o governo irá anunciar um pacote de compensação financiado por empréstimos nesta terça-feira.
O ministro das Finanças, Jeremy Hunt, descreveu o escândalo como o pior de sua vida e reconheceu a falha dos políticos em agir rapidamente para resolver o problema. O ex-primeiro-ministro David Cameron já havia pedido desculpas pelo escândalo em 2015 e sob a primeira-ministra Theresa May, foi iniciado o inquérito público que está prestes a divulgar suas conclusões.
Até o momento, o governo já pagou 100 mil libras de compensação provisória a algumas vítimas, seguindo recomendações anteriores do inquérito. Esta situação foi considerada um grave erro do sistema de saúde do Reino Unido e uma falha que resultou em sofrimento para milhares de pessoas e suas famílias.